A Blusa Vermelha

No norte do Canadá, certa família sempre passava as férias de verão numa cabana, no meio do mato.
Num verão, as crianças fizeram amizade com uma pequena corça que se afastara da mãe e se perdera.
Acostumado com as crianças, todos os dias o animal chegava à porta da cabana à procura de alimento.
Com o término das férias, a família teve de voltar para a cidade.
As crianças agora estavam ainda mais tristes, porque teriam de deixar a amiguinha entregue à sua própria sorte.
Sabiam que era impossível levá-la e então preocupavam-se, lembrando do fato que no outono os caçadores se embrenhavam por aquele mato e as corças se constituiam no principal alvo deles.
Falaram a respeito disso com a mãe e ela prometeu pensar no assunto.
Finalmente, antes do regresso, a mãe coseu uma blusa vermelha de uma velha saia e com muito esforço conseguiram vestí-la na corça. Ficou muito engraçada, mas a mãe explicou-lhes que certamente, vendo a blusa, os caçadores saberiam que o animal pertencia a alguém e então o pouparia.
Regressaram para iniciar um novo ano escolar. Inúmeras vezes, durante os meses que corriam, eles falaram sobre a corça. Preocupavam-se em saber se ela ainda estava com a blusa, porque o tecido já velho se romperia entre os galhos dos espinheiros.
Afinal o ano passou e veio um novo verão. Ajeitaram tudo e rumaram para a cabana.
Ali, teve início para as crianças um verdadeiro teste de espera. Será que a corça ainda vivia?
Depois de uma semana de expectativa, já os primeiros sinais de desapontamento surgiam no rosto de cada uma daquelas crianças.
Entretanto, na semana seguinte, certa tarde a corça apareceu. Tinha crescido tanto que estava irreconhecível! Somente quando aproximou-se, procurando na lata as sobras de comida, é que constataram tratar-se do animal querido. O que pensavam a respeito da blusa de fato acontecera, mas de qualquer forma a vestimenta salvara a vida da corça amiga.
Naquela noite, quando comentavam o ocorrido, a mãe lhes contou a história do povo escolhido que, avisado por Deus, colocou um sinal nas suas portas, para que não fossem mortos os seus primogênitos.
O sinal era este: Passariam sangue de um cordeiro nas umbreiras de suas portas e o anjo da morte não mataria ninguém naquela casa.
A mãe disse ainda que aquele sangue apontava para a cruz do Calvário, onde mais
tarde Cristo, o Filho de Deus, morreria para salvar todo aquele que nele cresse, porque “o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo o pecado”.

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