A brincadeira
Ora, depois que ele se demorara ali muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Isaque estava brincando com Rebeca, sua mulher. Então chamou Abimeleque a Isaque, e disse: Eis que na verdade é tua mulher; como pois disseste: E minha irmã? Respondeu-lhe Isaque: Porque eu dizia: Para que eu porventura não morra por sua causa. (Génesis 26.8-9)
É engraçado que enquanto somos crianças gostamos de brincar. Ficamos adultos, nos tornamos sisudos e não gostamos mais de brincadeiras. Enquanto namorávamos, era comum dedicar uma rosa, um poema e fazer elogios. Depois do casamento, perdemos a graça, ficamos adultos e deixamos de lado os elogios, os afagos. Já não há mais brincadeiras.
O texto de hoje fala de um casal. Mostra que a vida conjugal pode ser agradável. O casamento não precisa ser chato e tedioso. Ele pode e deve ser algo que dê prazer. O casamento deve ser vivido de modo que satisfaça o casal.
Este texto nos ensina que na vida conjugal as carícias devem ser preservadas. Os casais que preservam essa característica vivem mais felizes. São plenos, não se envergonham de demonstrar afectividade. Ensinam aos filhos como é importante essa troca de carícia. Filhos que tem o privilégio de crescer num ambiente onde seus pais convivem harmoniosamente e que desfrutam de uma boa afectividade cresceram e serão adultos que não terão medo de mostrar seus sentimentos.
Na vida conjugal o parceiro desfruta do corpo do cônjuge. É preciso ter prazer no outro. É interessante o termo brincadeira. Um casal brincando. Um desfrutando do outro. Um produzindo felicidade ao outro. Como precisamos de casais assim em nossos dias. Como necessitamos de casais que desfrutem da vida familiar. Desfrutem do corpo do seu cônjuge e permita que o cônjuge desfrute do seu corpo. Infelizmente, nossa mentalidade é pensar na afectividade e na sensualidade como algo sujo, mas a Bíblia exalta esse relacionamento na vida do casal. É preciso demonstrar esse sentimento. É necessário ter prazer e produzir prazer para o outro.
Na vida conjugal o amor é exteriorizado. Não é vivido em forma de sentimento. Não é apenas verbalizado. Ele é demonstrado através de carícias, abraços, beijos. Os jogos de sedução. Marido e mulher procuram satisfazer-se mutuamente. Mostram o amor que há dentro de si. Permitem que os outros vejam.
Creio que muitos divórcios seriam evitados se os casais não se tornassem carrancudos. Se tivessem a coragem viver um relacionamento onde a troca de carinhos e brincadeiras, jogos de afagos e beijos é uma coisa natural.
Que possamos ser um casal onde os outros olhem e digam eles são casados. Mas que digam isto porque demonstramos através do nosso afecto, dos nossos beijinhos e dos nossos abraços. Que não tenhamos vergonha de brincar. E que brincadeira!
Vamos orar:
Senhor Jesus, em um mundo onde o divórcio é algo tão banalizado, onde a violência conjugal é o prato do dia, nós queremos te suplicar que nos concedas forças para que possamos viver demonstrando nossos afectos.
Te suplicamos que nos ajude a entender que os afectos não são errados. A carícia não tem nada de mais. Elas fazem bem e nos ajudam a ter um relacionamento mais bonito e agradável. Que a partir de hoje, tenhamos a coragem de mostrar ao mundo que nos amamos.
Esta é a nossa oração em nome de Jesus.
Amém
Autor: Marcos Amazonas dos Santos