A história dos 40 livros

Existe um João-de-barro que morava em Roma nos bairros da Periferia e que citava os lindos provérbios dos Tapajós erradamente articulando as
corrutelas do povo.
O passarinho deslocou-se para o Brasil para um esconderijo nas lindas matas da Amazônia para conversar com o colega Levítico-tico.
Os dois ainda cantam tristes lamentações, porque não há um número suficiente de pássaros no êxodo, ou migração, para aproveitarem-se dos cantares alegres do coro florestal.
– Não ligo com o coro, diz danielzinho tucano, a ave com bico bem maior que o nariz dos hebreus.
– Tenho dores terríveis sem parar, eis o meu sofrimento.
– É mês drástico para você filhote. Por ti tou sofrendo.
– Traga-me a conta da farmácia Zacarias, diz o pai Ezequiel, a conta mensal, mostra-me a conta logo.
– É uma coisa maluca sem cabimento diz o médico Timóteo, aquela doença crônica surgindo do joelho do filhote.
A mostarda na ferida nada adianta. Podem até usar um quilo D’ela sem resultado.
Opera uma pomada, sim age uma pomada qualquer mas a mostarda não.
– A certa altura, um Juiz escrupuloso chamado Samuel coruja com um ar costumeiro de coruja num dia de calor, abana um asa e diz:
-Oba, dias sem fim, estou ouvindo os fatos do gênesis, quero dizer, do início da doença deste índio dos Tapajós, ué.
– Chama-me Tapajós, sim, mas não me tape, drogas não, esta bengala tá simplesmente para me defender sabe?
– Não aguento mais um apocalipse de castigos.
– Então, ajuda, seu bicão, nunca mais.
E todos os passarinhos foram caçar insetos na floresta.

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