Já faz algum tempo que o budismo vem ganhando espaço generoso nas notícias da mídia gaúcha, especialmente desde a construção do seu maior templo da América do Sul no município de Três Coroas. As manchetes da morte do líder Rinpoche chamado de sábio, neste último dia 17 e a sublimação dos ensinamentos desta religião oriental deveriam incomodar os cristãos e faze-los atender as palavras bíblicas: “Com toda a firmeza … pregue a mensagem (de Cristo) e insista em anunciá-la …. Porque virá o tempo em que as pessoas não escutarão o verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E juntarão para si mesmas muitos mestres, que vão dizer a elas o que querem ouvir” (2 Timóteo 4.1-3). Por três anos consecutivos participando do Planeta Atlântida como convidado de honra, Rinpoche conquistou a simpatia especialmente dos jovens. Pregando compaixão e tolerância e deixando um legado espiritual (conforme ZH 19.11.02), este “sábio” é um entre tantos falsos profetas e falsos messias que aparecem para enganar, se possível, até o povo escolhido de Deus (conforme Jesus em Mateus 24.24).
O budismo, uma mistura de filosofia e espiritismo, transforma o homem em um “deus” confrontando-se com o primeiro mandamento bíblico e indicando o que disse o apóstolo: “aquilo que é sacrificado nos altares pagãos é oferecido aos demônios e não a Deus” (1 Coríntios 10.20) . Para esta religião que nasceu 5 séculos antes de Cristo, não existe um deus supremo, mas vários deuses do bem e do mal. Seus adeptos acreditam na reencarnação, doutrina que ensina que através da prática do bem, após a morte o espírito incorpora-se à próxima vida terrena a fim de através de várias passagens chegar-se finalmente no nirvana ou céu. Se a pessoa for má, irá se degradar e acabará por nascer escravo ou bicho. É a lei do “quem faz aqui, aqui paga”.
Quando a Bíblia diz que “cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus” (Hebreus 9.27), então fica evidente que a reencarnação ou mesmo o purgatório, é uma maneira muito humana (e até bem ao gosto do brasileiro que prá tudo tem um jeitinho) para conseguir se safar da responsabilidade. É até muito compreensível esta e outras doutrinas das religiões humanas, “pois a mensagem da morte de Cristo na cruz parece loucura para os que estão se perdendo” (1 Coríntios 1.18). Mas o budismo não pode conduzir o ser humano ao “nirvana” simplesmente porque Deus permite um único caminho até Ele. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; somente por meio de mim é possível chegar ao Pai” (João 14.6), respondeu Jesus aos discípulos que queriam saber do caminho para o céu.
“A gente não chora muito porque o budismo ensina que isso não ajudaria à passagem de Rinpoche – conta uma das seguidoras mais próximas e sua tradutora” (ZH – 18.02.02). Ainda bem que a fé cristã permite seus fiéis chorarem a vontade assim como chorou Jesus quando morreu seu amigo Lázaro. Aliás, chorar e rir faz bem a saúde. Mas o choro cristão é apenas fruto da saudade, porque “a verdade é que Cristo ressuscitou e isso é a garantia de que os que estão mortos também ressuscitarão” (1 Coríntios 15.20). Enquanto os fiéis do budismo vão e voltam a este mundo, e se não cuidarem podem transformar-se num bicho, os fiéis do cristianismo vão e já ficam com Deus aguardando o toque da “última trombeta”. E no dia da ressurreição “quando o corpo mortal se vestir com o que é imortal, e quando o que morre se vestir com o que não pode morrer, então acontecerá o que as Escrituras Sagradas dizem: a morte está destruída, a vitória é total.” (1 Coríntios 15.54).
Autor: Pr. Marcos Schmidt – marsch@terra.com.br