Anos atrás um amigo disse: “Amo o trabalho pesado. Posso me sentar e observar as pessoas trabalhando duro horas a fio”. Algumas pessoas que você conhece podem ser assim. Elas não se incomodam com o trabalho pesado, desde que seja outra pessoa a fazê-lo. Quanto a elas, esperam que os recursos que satisfaçam suas necessidades (e desejos) de cada dia, de alguma maneira cheguem até elas com o mínimo (ou nenhum) esforço. Então, quando vêem alguém prosperando e melhorando pessoal e profissionalmente e elas não, se ressentem e clamam: “Injustiça!”
Conheço dois homens que eram excelentes atletas quando adolescentes. Ambos tinham potencial para atingir o nível de esporte profissional. Um deles buscou diligentemente aperfeiçoar seus pontos fortes, trabalhando arduamente para sobrepujar suas fraquezas. Finalmente ele atingiu o nível máximo dentro de seu esporte e tornou-se uma “estrela” por mais de uma década. O outro, que tinha a mesma idade e havia crescido na mesma cidade, simplesmente ficou à espera que a oportunidade lhe fosse oferecida. Quando cometia erros, apresentava desculpas em vez de reconhecer suas falhas e trabalhar para vencer as deficiências de sua performance atlética. Ao invés de se tornar uma “estrela”, escolheu se deixar dominar pela preguiça. O mais perto que ele conseguiu chegar do esporte profissional foi comprar entrada para assistir a uma partida.
No meu último comentário citei princípios que o Livro de Provérbios ensina sobre o trabalho duro e diligência. O que se segue são alguns princípios adicionais extraídos daquele antigo Livro que permanece surpreendentemente relevante para o século XXI:
O trabalho com afinco é motivado pela necessidade. Se contássemos com alguém que nos garantisse pagar todas as nossas despesas, ou se de repente nos tornássemos mais ricos do que jamais poderíamos imaginar, provavelmente perderíamos a motivação para trabalhar com tanto entusiasmo como deveríamos. Porém, quando temos uma necessidade a suprir, nos damos conta de quão importante é nos aplicarmos diligentemente às nossas responsabilidades profissionais. “O apetite do trabalhador o obriga a trabalhar; a sua fome o impulsiona” (Provérbios 16:26).
O trabalho duro geralmente redunda em honra. Porque poucas pessoas verdadeiramente trabalham com afinco, entregando-se inteiramente à tarefa que têm em mãos e usando suas habilidades ao máximo, elas tendem a ser notadas. Com freqüência estes são os indivíduos que recebem promoções e reconhecimento especial por sua contribuição à empresa. “Você já observou um homem habilidoso em seu trabalho? Será promovido ao serviço real…” (Provérbios 22.29). “Quem cuida de uma figueira comerá de seu fruto, e quem trata bem o seu senhor receberá tratamento de honrado” (Provérbios 27.18).
O trabalho duro prepara para as responsabilidades da liderança. Para quem você preferiria trabalhar: para alguém que dá o exemplo através de seu próprio esforço, ou para alguém que se põe de lado, preferindo deixar que outra pessoa faça o trabalho? Quando você estabelece o ritmo, trabalhando dura e consistentemente, é provável que algum dia lhe peçam para ensinar outros a fazer o mesmo. “As mãos diligentes governarão, mas os preguiçosos acabarão escravos” (Provérbios 12.24).
O trabalho duro apresenta resultados duradouros. Às vezes somos tentados a agir apressadamente querendo “fabricar um jeito” que prometa promover retorno financeiro rápido e substancial. Contudo, agir apressadamente pode produzir resultados devastadores, porque nos impede de antecipar problemas potenciais. Trabalhar com diligência poderá tomar mais tempo e o retorno financeiro geralmente não é tão grande quanto sonhamos, mas a longo prazo provará ser o caminho mais sábio. “Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria” (Provérbios 21.5).
(*)Robert J. Tamasy é vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com base em Atlanta, Georgia, U.S. A. Veterano com mais de 30 anos de trabalho no jornalismo profissional, é co-autor e editor de seis livros. Tradução de Mércia Padovani
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Autor: Por Robert J. Tamasy