Os raelianos cultuam a liberdade sexual, os prazeres da carne e pregam a manipulação genética como o segredo da eternidade
Por Darlene Menconi
Pouco antes de o francês Claude Vorilhon entrar numa das salas do hotel cinco estrelas onde se hospedou em São Paulo, uma morena de traços orientais e roupa justíssima forra a poltrona de couro com dois tecidos imaculados, como se preparasse o trono para um rei. Correndo de um lado para outro, uma dezena de jovens atraentes, entre eles um massagista com porte de deus grego, ajeita os vasos de flores, as rosas vermelhas sobre a mesa de mármore e enche de água gasosa o cálice de seu líder espiritual. Segundos depois, uma voz no corredor anuncia: “Sua santidade está chegando.” Vestido de branco, uma grossa medalha de prata no peito, a barba esculpida e um coque que lembra uma antena intergalática, o líder da seita dos raelianos faz sua entrada triunfal na companhia da pupila famosa, a bioquímica francesa Brigitte Boisselier, que chocou o mundo ao anunciar o nascimento não de um, mas de cinco supostos bebês clonados.
Autor: http://www.terra.com.br/istoe/1749/ciencia/1749_doce_luxuria_01.htm