Havia chovido muito naquela semana, e uma tragédia havia se abatido sobre a cidade; com as chuvas, um morro inteiro veio abaixo.
O que seria apenas um desbarrancamento tornou-se uma angústia: haviam muitos barracos naquele morro, e vieram todos abaixo provocando muitas mortes, pois, para piorar, aconteceu de madrugada, enquanto a maioria dormia. A cidade estava sob impacto do desastre.
Naquela manhã, enquanto as pessoas assistiam atônitas as tentativas de resgate, tomei um táxi para ir à Sepal.
Tão logo entrei no táxi, o motorista entabulou uma conversa. Como não podia deixar de ser, a tragédia deu o tom do diálogo:
– O senhor está acompanhado a tragédia? Perguntou-me.
– Com muita tristeza. Repliquei.
– Eu não entendo como Deus permite uma coisa dessas! Acrescentou
Retruquei de uma maneira inesperada, até mesmo para mim: – Meu Senhor, Deus não tem nada a ver com isso! Afirmei categoricamente.
– Como assim? Perguntou-me num misto de surpresa e indignação.
– Meu amigo há quanto tempo o senhor e eu sabemos que chove? Inquiri.
– Desde sempre, penso eu. Contrapôs o taxista.
– E desde quando sabemos que em períodos de calor chove muito mais?
Fitando-me sem entender o que, de fato, estava acontecendo disse-me: – Desde que o mundo é mundo, eu presumo.
– E há quanto tempo sabemos que água, morro abaixo, não tem o que segure? Ainda mais se este morro estiver pelado? Coloquei de maneira incisiva.
– Desde sempre, por que? Disse-me, demonstrando um princípio de irritação.
– Então, meu amigo, se nós sabemos de tudo isso, por que construímos cidades do jeito que construímos, onde a água não encontra saída; por que permitimos uma economia como a nossa, que obriga famílias de bem a construírem seus barracos nestes morros? Será que a gente não sabe que os riscos podem ser fatais? O Universo funciona, se uma pessoa pular do alto do edifício Itália, em São Paulo, ela vai morrer, simplesmente porque as leis da física funcionam, são mantidas por Deus!
E ainda bem que é assim. Quem conseguiria viver num planeta instável, onde ninguém soubesse o que pode acontecer a cada movimento? Discursei ao já atônito companheiro de viagem.
Deus não tem nada a ver com essas desgraças. Ele apenas mantém o universo funcionando. É o nosso pouco caso, nossa irresponsabilidade social, nossa ganância, nossa insensibilidade que transformam isso em tragédia. A culpa é do ser humano e não de Deus.
Deus planejou um mundo maravilhoso para a humanidade. Mas, logo no início, o homem preferiu viver distante dEle. Então Deus se fez homem também, se humilhou, curou, realizou milagres, padeceu, e morreu na cruz…pra mostrar que o amor vale mais.
E tudo para reconquistar o coração do homem, e fazê-lo entender que Ele quer o melhor para a humanidade. E após todo esse esforço, Jesus ainda ressuscitou para mostrar que Seu Poder supera até mesmo a morte, e que essa vida (eterna) Ele pode dar a quem quiser, bastando recebê-lo como Senhor e Salvador de nossas vidas.
Deus realmente nos ama demais. Caso contrário não teria deixado a glória do Céu para viver entre nós, miseráveis pecadores. Então agora quando você presenciar uma tragédia acontecendo, lembre-se que não é Deus o culpado. Foi uma opção da humanidade. Mas ainda assim, podemos reconquistar o favor divino através de Cristo Jesus.
Com certeza Ele está muito preocupado com tudo o que acontece aqui nesse mundo. Mas para que Ele possa intervir nas situações, precisamos nos achegar a Ele. E o interessante é que os que mais reclamam de Deus são os que vivem mais distantes dEle.
Achegue-se a Deus como você se achega a um amigo. Ele está de braços abertos te esperando. Só através de Jesus poderemos morar no paraíso, que é o desejo de Deus para toda a humanidade. A escolha, como sempre, é sua.
