Gênero: Drama
Disponível em: DVD, VHS
Duração: 117 min
Elenco: Tom Hanks, Paul Newman, Jude Law, Jennifer Jason Leigh, Stanley Tucci, Daniel Craig, Tyler Hoechlin, Liam Aiken , mais…
Dois pais: Michael Sullivan (Tom Hanks), um matador da máfia irlandesa de Chicago na época da Grande Depressão, e John Rooney (Paul Newman), o chefe de Sullivan, que o criou como um filho.
Dois filhos: Michael Sullivan Jr. e Connor Rooney, ambos desesperados para conquistar a atenção de seus pais. A inveja e a competição os colocam em rota de colisão, o que leva à morte de sua amada esposa e de seu filho caçula. Agora, Michael Sullivan e seu filho sobrevivente iniciam uma jornada instigada pela tragédia e alimentada pela vingança.
Não sei se o querido leitor viu esse filme. Ele foi filmado para maiores de 16 anos, mas creio que deveria ser para maiores de 18 anos, pois há um tipo de violência crescente a medida que o filme vai se desenrolando. São vários tipos de violência: a física, de caráter, questões familiares, corrupção, entre outras.
Mas mesmo em meio a esse tipo de violência há um certo tipo de lealdade entre os vilões. Mas essa lealdade tem um preço alto: cumprir à risca os planos do chefão mafioso. Quando esse plano não dá certo, ou, alguma coisa foge ao controle, essa lealdade é violada e direitos são transgredidos a ponto de se matar metade duma família para atingir a responsável pela falta de controle da situação.
No pequeno resumo acima a esposa e o filho caçula de Michael Sullivam (Tom Hanks) são mortos. O filho mais velho e o pai, que sobreviveram, são obrigados e deixarem seu lar e fugirem para um lugar mais seguro. É então que pai e filho passam 6 meses rodando pra cá e pra lá fugindo de um perseguidor implacável. Nesse tempo juntos dentro do carro, em restaurantes à beira da estrada, em casa de pessoas que os acolhiam ou em paradas estratégicas é que eles mantinham um diálogo muito íntimo de pai para filho.
Numa certa feita o filho perguntou: “Por quê o senhor amava mais meu irmão que a mim?” O pai ficou sem fala pois não havia percebido essa sua atitude. Ele respondeu: “Acho que por você ser muito parecido comigo e querer fazer as coisas que eu faço, queria evitar que você fizesse o mesmo trabalho sujo que eu fazia. Seu irmão era meigo, era muito afeiçoado a sua mãe. Você era durão, não chorava, encarava tudo com seriedade e só agora percebo o quanto amava você também e o quanto você gosta de mim, só agora abri meus olhos, depois de perder sua mãe e seu irmão e estar fugindo de tudo e de todos. Me perdoa filho. Eu te amo”.
É nesse ponto que queria chegar e comentar algo de Deus com você, querido leitor, alvo de nosso trabalho. Não vou aqui contar o final do filme para não estragar a surpresa. Quero que você vá assistir e saia do cinema com a mesma impressão que eu tive. Apesar de todos os tiros, mortes, assassinatos, roubos e deslealdade, havia uma ternura no ar, ternura e carinho de pai para filho e de filho para pai. Um estava protegendo o outro. A parte que me fez lembrar de meu pai foi a parte onde o filho era ensinado a dirigir o carro. O garoto ali tinha 12 anos de idade, e quando meu pai me ensinou a dirigir eu tinha essa idade, mal alcançava os pedais, mas meu pai teve paciência comigo. Posso dizer que vivi muitos meses de minha vida dentro do carro de meu pai indo com ele à lugares que era necessário um ajudante e companheiro nas viagens e ali me aproximei muito dele, foi especial.
Depois de todas essas tragédias terem acontecido na vida dessa família, eles puderam experimentar algo que não experimentaram em casa na época de paz. O pai começou a dar uma atenção maior ao filho e isso solidificou a amizade entre eles, o respeito mútuo. Apesar de o filho saber do trabalho sujo que o pai fazia ele honrou e respeitou sempre seu pai, nunca faltando com esse respeito e essa lealdade. Isso o valorizou. A forte impressão que me caiu ao coração foi essa: meu filho precisa de mim e eu preciso dele. Apesar dos seus 6 anos de idade ele sabe que sou seu pai, me ama, me respeita e é recíproco meus sentimentos por ele ou até mais.
Termino esta crônica com o único mandamento com promessa que existe na Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Está em Êxodo 20:12 – Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os seus dias na terra que o Senhor, teu Deus te dá.
Autor: Pastor Norberto Carlos Marquardt