O que você faria ouvindo sua filha de cinco anos cantando “já sei namorar, já sei beijar de língua, agora só me resta sonhar”? E se depois de um bate papo legal ela dissesse que todas suas as amiguinhas cantam e dançam esta música?
– E agora, pai? E agora, mãe?
Se é normal pais de filhos adolescentes viverem super preocupados, parece que a tranqüilidade deles está indo prô espaço bem antes desta conturbada idade juvenil. Durante toda esta semana o Jornal Hoje, TV Globo, mexeu com o assunto “ficar”, indicando que a preocupação com respeito à sexualidade dos jovens fugiu para fora das igrejas e se tornou assunto controverso de comportamento social no meio secular. Que bom, porque quando a igreja trata destas questões, muita gente entorta o nariz como que dizendo: “lá vem eles com sua conversa”. Mas agora são os psicólogos e terapeutas que vem chegando, perplexos nos seus consultórios e clínicas abarrotados de gente que se sente descartada e infeliz. É isto que um especialista na área escreve: “Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: ‘eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também’. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração ‘tribalista’ se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu”.
Por isto, se a recomendação é diálogo franco e amigo com os filhos adolescentes, o problema pode piorar ainda mais quando esta geração de pais oriunda dos tempos da “amizade colorida” está insegura e desautorizada no assunto de sexo, casamento e família. E nem estamos falando ainda de princípios bíblicos. Pois uma sociedade que facilmente engole os conselhos destes “terapeutas modernos” sem preocupar-se com rótulo e procedência, só tem mesmo que estar intoxicada e doente da cabeça. Sim, porque quando dizem que “o importante é orientar o jovem para viver a sexualidade (quando ele se sentir preparado emocionalmente para isso) de maneira madura e responsável”, então o que está valendo são as emoções, os sentimentos, as paixões, sem a devida responsabilidade que envolve todos os aspectos da vida sexual, familiar e social. Com tanta desorientação, vem à lembrança uma frase de Jesus: “quando um cego guia o outro, os dois acabam caindo num buraco” (Mateus 15.14)
Por isto, os pais espertos que não estão apenas preocupados com as doenças sexuais, gravidez, ou com problemas de ordem emocional, precisam estar sempre ligados, sobretudo quando a Bíblia recomenda: “encham as suas mentes com tudo o que é bom e merece elogios: o que é verdadeiro, digno, justo, puro, agradável e honesto” (Filipenses 4.8). Porque se é quase impossível impedir que a televisão, a internet, as revistas, as músicas, os amigos e colegas infectem a mente de nossos filhos com tanta porcaria, então a prevenção é o único caminho instalando neles um potente anti-vírus espiritual. E se o pecado é o terrível vírus da alma, do corpo e da mente, é preciso dizer que “pela morte de Cristo na cruz, somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados” (Efésios 1:7).
Não, não digam que é preciso mudar de conceitos. Isto é propaganda prá vender automóvel. E podem até continuar cantando “eu sou de ninguém”. Mas se um dia quiserem ser de alguém e ter alguém, então basta acreditar e seguir o que disse o apóstolo: “Vocês não pertencem a vocês mesmos, pois Deus os comprou e pagou o preço. Portanto, usem os seus corpos para a glória dele” (1 Coríntios 6.19,20).
Autor: Pr. Marcos Schmidt – marsch@terra.com.br