Liberdade
Para a liberdade Cristo nos libertou; permanecei, pois, firmes e não vos dobreis novamente a um jogo de escravidão. (Gálatas 5.1)
Hoje é um dia especial para Portugal. Comemora-se a festa da liberdade. A festa que ficou conhecida como a revolução dos cravos. O povo passa a ter a sua tão sonhada liberdade. Como sinal para o arranque da revolução é tocada na rádio a música “E depois do Adeus” no dia 24 de Abril de 1974. A senha para a tão almejada revolução aconteceu no programa «Limite» da Rádio Renascença, com a música de Zeca Afonso, «Grândola. Vila Morena».
Será que liberdade é ver-se livre de um determinado movimento político para entrar em outro? Será que ser livre significa fazer tudo o que desejamos e queremos? O que é realmente a liberdade?
Uma das melhores definições de liberdade que conheço diz: “Liberdade é o direito inalienável de todo ser humano, e o valor maior de sua existência como tal. Liberdade é a sua capacidade de viver e atuar de forma plena como pessoa, sem imposições arbitrárias. Ela se estende até o ponto em que surge o direito dos outros de serem também pessoas plenas e completas.” Sendo assim, como é que eu posso desfrutar da verdadeira liberdade? Como posso ser pleno e completo?
Quando leio esse texto posso compreender que a caminhada “da liberdade, passa primeiro não por uma relativização, mas por uma redescoberta da essência das Escrituras, para que então Deus, a partir da quebra dessas coisas, consiga fazer brotar o verdadeiro compromisso”.
Se fomos libertos é porque éramos escravos. Sendo assim, estávamos escravizados a quem ou a que?
Usando a linguagem religiosa que muitos não gostam, é preciso dizer que somos escravos do pecado. Somos escravos do nosso egoísmo que não nos permite desfrutar uma vida plena. É também verdade que somos escravos da religião. Ficamos agarrados a religião de tal modo que não conseguimos enxergar verdades tão reais aos nossos olhos.
O nosso texto diz que Cristo nos libertou para liberdade. Para que não nos deixemos escravizar novamente. Não podemos ceder a nós próprios. Não podemos ceder a uma religiosidade mofa e esclavagista. Devemos ser livres. Livres em Jesus e desfrutar dessa liberdade. Contudo, é preciso dizer que a liberdade só é possível quando conhecemos a verdade. Verdade que não é relativa, mas absoluta. Verdade não como um conceito filosófico, mas personificado e encarnado na pessoa de Jesus que disse: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida (Jo 14.6). Sendo assim, para ser livre é preciso conhecer a verdade. Jesus também disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8.32) Conheça Jesus e viva a liberdade de Jesus.
Vamos orar:
Senhor dá-nos capacidade para vermos onde estamos escravizados. Orienta-nos para que possamos fazer uma revolução em nossas próprias vidas para que possamos ser livres. Ajuda-nos a olhar primeiro para nós próprios e nunca para os outros.
Que a tua Verdade esteja em nós. Que as nossas vidas mostrem que somos livres. Que nossas vidas mostrem que nosso andar é na Verdade e no amor.
Ajuda-nos a estar firmes e a não ceder nem a nós próprios e que vivamos sempre em liberdade para honra e glória de Jesus.
Amem!
Autor: Marcos Amazonas dos Santos