“Veio mais a mim à palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-te: Assim diz o Senhor Deus, tu eras o selo da perfeição, cheio de sabedoria e perfeito em formosura, estiveste no Éden, jardim de Deus; cobrias-te de toda pedra preciosa; a cornalina, o topázio, o ônix, a crisólita, o berilo, o jaspe, a safira, a granada, a esmeralda e o ouro. Em ti se faziam os teus TAMBORES E OS TEUS PÍFAROS; no dia em que foste criado foram preparados. Eu te coloquei com o querubim da guarda; estiveste sobre o monte santo de Deus; andaste no meio das pedras afogueadas”…. Ezequiel 28:11 a 14.
Esta foi à criação do que chamamos de Música, Deus a criou como um todo, não temos dúvida nenhuma. A dúvida é como devemos usa-la para a adoração a Deus?
Esta é uma pergunta que tentaremos responder (pelo menos um pouquinho)
“Se você quiser alcançar os jovens neste país, escreva uma canção”
(Serge Denisff, Sociólogo)
“Não há nada errado sobre apreciar um concerto secular por simples prazer e admiração do que é belo. Isso é perfeitamente lícito. Mas temos de ser críticos e analíticos ao máximo quanto à música sacra. Por que? Porque ela não foi feita simplesmente para nosso entretenimento: ela foi feita para adorar a Deus!”
Esta linha de raciocínio nos leva a aceitar tudo que o mundo faz, admirando e até sentindo prazer em tal música, sem nos preocupar com quem escreveu, como escreveu e porquê escreveu aquela canção, ela somente vê a beleza estética da música. Cristãos aplaudem músicos que não têm suas vidas e sua arte guiadas por Deus e que estão às vezes até drogados, bêbados, etc. Músicos de qualidade, mas completamente destituídos de qualquer valor cristão….. Mas, no âmbito da adoração, nunca aceitar músicas e músicos que não sejem “Sacros”.
A pergunta é:
O quê é música Sacra???
Esse tipo de pensamento mostra uma meia verdade, uma verdade aparentemente santa, mas que na verdade esconde um tremendo senso de tradição. “Se meus avós não cantavam essa música na igreja, então ela não é santa”. É o que na verdade dizem estes que defendem esta linha teológica, todos esquecem que aquilo com que hoje adoramos, muitas vezes foi considerado profano e incultural, em uma época não muito distante.
Vamos falar de WAGNER, reconhecido mundialmente como um dos grandes compositores de música clássica do mundo. Ele era um megalomaníaco (chegando aos limites da loucura). Era Egoísta, Adúltero, Arrogante, Hedonista e violentamente Racista. No entanto sua música é aplaudida por muitos que consideram o rock (ou qualquer outra música contemporânea) perigosa.
Essas pessoas se esquecem que, para o judeu, o sacro, era um estilo de vida, não uma atividade confinada aos cultos realizados nos templos no dia de sábado.
Sendo assim a música utilizada por eles estava relacionada a uma grande variedade de atividades diárias e era usada com diversos fins e propósitos,
A saber:
Promover alegria, Gn 31:27; Ec 2:1; Ec 2:8-11.
Na guerra, Js 6; 2Cr 20:21-22.
Como expressão de arte e poesia, Cantares de Salomão.
Como forma de protesto, Sl 73.
Para confissão, Sl 32; Sl 51.
Para oração, Sl 7; Sl 38; Sl 64.
Para testemunho, Sl 23; Sl 46.
Para terapia, 1Sm 16:14-17; 1Sm 23.
Como dever religioso, Sl 81:1; Sl 95:1; Is 30:29.
Como expressão de lamento, Lamentações de Jeremias.
E outros.
“A música, como vimos, foi criada por Deus e já existia mesmo antes de haver o homem. No livro de Jó, o mais antigo das escrituras, lemos que quando Deus lançava os fundamento da terra, as estrelas da alva cantavam e todos os filhos de Deus se rejubilavam (Jó 38:1-7). Se compararmos esta passagem com Isaías 14:12 onde Lúcifer é chamado de estrela da manhã e filho da alva, podemos entender que, mesmo antes da criação do universo, havia no céu uma hoste angelical separado para cantar louvores ao eterno Deus, da qual Lúcifer parece ter sido regente”. Sandro Baggio
Entendemos que a música deve ser feita para adorar a Deus, passar valores cristãos, transmitir VIDA. Entendemos também que nessa busca temos tido alguns exageros por parte de alguns artistas que se dizem “cristão”.
“Jesus não quer que sejamos tão bom quanto o mundo, Ele quer que sejamos melhores! E isso não significa excede-los no som, no estilo, ou no talento – significa ultrapassa-los no valor”
Keith Green
Mas como é a Adoração a Deus?????
Considero Jack Hayford em melhores condições que eu para responder esta pergunta, ele diz:
“A adoração deve ser sempre espiritual e física. Primeiro, ela é espiritual porque deve vir do coração. Segundo, ela é física, porque ocorre num lugar, e sempre envolve um sacrifício. Esses dois fatores nunca mudaram: a adoração é num lugar, e a adoração envolve um sacrifício. O que mudou foi à natureza desses dois fatos: o local mudou constantemente e o sacrifício tomou diferentes formas. Talvez a melhor descrição do lugar de adoração seja uma tenda. Abraão, foi o primeiro a dizer: Levanto minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o que possui os céus e terra (Gn.14:22), era um peregrino – habitava em tendas. Depois, através de Moisés, Deus ensinou Israel a adorar numa tenda – o tabernáculo – e esse pavilhão era armado no meio do acampamento em cada pausa da jornada. Mas tarde Jesus ensinou que Deus não especifica mais um lugar, mas os que o adoram em espírito e em verdade podem conhecer a Sua presença onde quer que O adorem. Aprendemos então com Moisés a mobilidade da adoração, onde quer que vamos, que um pavilhão de louvor seja armado; e de Jesus aprendemos a nobreza da adoração – a qualidade real dos corações louvando a Deus”
É interessante vermos como a música esta intimamente ligada a adoração, mas não posso deixar de falar algo aqui;
A música esta ligada à adoração e não o inverso. Para a adoração não se precisa de música. “Adoração não é música” foi o que Ron Kenoly disse inúmeras vezes em uma de suas palestras em São Paulo (2000), Dizia: “A música nasce de uma adoração sincera a Deus”.
Então se você esta feliz, como Davi estava quando trouxe a arca para Jerusalém, então a música desta adoração será alegre.
Se você esta com medo, como Abraão quando levava seu filho para o sacrifício, então a música desta adoração será de contrição.
Se você esta prestes a ser sacrificado por pecados que não cometeu, como Jesus no monte, então a música desta adoração será de uma dor tão profunda a ponto de faze-lo suar sangue.
Note que nos dois últimos casos a bíblia não fala na presença de nenhuma música, não era necessário, pois o ato de adoração não requeria músicas, mas em Davi a música se fez presente de tal forma, que a bíblia relata que ele dançava na presença de Deus tão intensamente a ponto de uma de suas esposas repreende-lo.
No novo testamento temos uma das demonstrações de adoração mais profunda na história, lemos: “A minha alma se engrandece ao Senhor, e meu espírito se alegrou em Deus meu salvador” (Lucas 1:46-47). Notemos que Maria olhou para dentro de seu coração – não a sua volta, mas para sua alma. E, tendo os olhos iluminados pelo Espírito Santo, ela enxergou em seu interior a maravilhosa presença de Jesus.
Judson Cornwall diz:
“Que contraste entre essa espontânea explosão de louvor e os rituais de culto do velho testamento! Grande parte da antiga forma de adoração era constituídas de holocaustos, ofertas, cantilenas, vestes especiais e queima de incenso, pois as idéias dominantes aí eram fazer a expiação dos pecados e aplacar a ira divina. Vez por outra, aparecia um Davi que conseguia comunicar-se com Deus em jubilosos cânticos. Mas os teólogos, que acreditavam que a religião se resumia na prática de rituais e na observância de preceitos, acabavam por empanar o brilho desses indivíduos”.
Judson ainda diz: “Não foi por acaso que Deus escolheu uma jovem para ser mãe de Jesus. Uma jovem se alegraria nele de uma forma não religiosa. E seria muito melhor que Jesus se desenvolvesse nesse tipo de atmosfera, e não no lar de um escriba ou sacerdote, amarrados a cerimoniais, formalidades, rituais e cultos. Com Maria não seria desse modo”.
Esta é uma questão muito delicada, sei que piso em terreno minado, pois todos têm sua própria opinião a respeito deste assunto. Mas é isso mesmo que defendo, cada um tem sua maneira de desenvolver sua adoração, desenvolver sua devoção e desenvolver sua música. A música faz parte da história da humanidade, ela esta junta em várias situações, ela tem o “poder” de alienar pessoas, como também tem de traze-las para perto de Jesus Cristo.
Na segunda grande guerra, vimos como o nazismo foi embalado por canções; Músicas eram tocadas em quartéis para que os soldados pudessem ter em mente um propósito e o porquê de uma raça “pura”.
Toda história da igreja esta recheada de conflitos sobre esse assunto, os grandes Homens de Deus, tem colocado a verdade no estilo musical de seu tempo.
A música “Castelo Forte”, hino composto por Lutero, é emprestada de uma canção cantada em bares de sua época.
Charles Wesley usava em suas cruzadas evangelisticas canções populares das tavernas e das casas de ópera da Inglaterra.
John Calvino contratou dois músicos seculares para colocar suas teologias em músicas contemporâneas. A rainha da Inglaterra estava tão aborrecida com essas “Canções Vulgares” que se referia agressivamente a elas como “cantarolas de genebra” de Calvino!
Quando Note Feliz foi publicada, George Weber, diretor musical da Catedral de Mains, a chamou de vulgar, vazia de religiosidade e de sentimentos cristãos.
Messias de Handel foi amplamente condenada como um “Teatro Vulgar”, pelos religiosos de seus dias.
Charles Spurgeon, o grande pastor inglês, detestava as canções contemporâneas de sua época, as mesmas que hoje reverenciamos.
“No século 17, a prática de cantar músicas (qualquer que seja), era considerada mundana em muitas igrejas. Benjamin Keach é visto como o introdutor de hinos na igreja. Ele começou a ensinar crianças a cantar o que gostavam. Os pais, por outro lado, não gostavam de cantar hinos. Estavam convencidos de qualquer canção era ESTRANHA À ADORAÇÃO EVANGÉLICA”
Rick Warren
“Que música devemos usar para louvar? Vou responder como Pai, se minhas filhas cantam algo para mim com amor, vou gostar seja lá o que for. Portanto creio que Deus gosta daquilo que gostamos e oferecemos a Ele com amor”.
Fernando Moura
Esse é um ponto interessante a se analisar, muitas vezes nos lembramos de Deus só como um general, criador, eterno; etc. Todas estas qualidades e muitas outras realmente trazem alguns dos caráteres de Deus, mas ele também é chamado de: Papai.
Lembro-me quando era criança, no dia do aniversário de meu pai, eu e minha irmã desejávamos fazer uma “surpresa”, e então resolvemos esperar até meia noite, pegamos dois ovos na geladeira, e entramos no quarto GRITANDO, “Feliz Aniversário, Pai”, e quebramos os ovos na barriga de meu pai, lógico que ficou aquela sujeira,….. Estávamos felizes
Eu e minha irmã, também tínhamos o costume de fazer a “janta”, entravamos na cozinha e então começávamos a “cozinhar”, ficava uma bagunça tremenda, e sempre fazíamos um lanche com pão e queijo, com suco de saquinho, mas a cozinha ficava parecendo a de um restaurante muito porco….. Estávamos felizes.
Na copa de 1994, a imagem que me lembro não é do Taffarel pegando os pênaltis, nem do Baggio chutando para fora, a imagem que me vem na cabeça é a do meu Pai, atrás do sofá, bravo porque minha irmã menor queria falar com ele justo naquele momento, ele tinha as duas mãos sobrepostas (como em uma oração), quase ajoelhado. Quando o italiano errou o pênalti, ele não se conteve, nunca vi meu pai berrar tanto na minha vida (nem quando estava bravo comigo)…. Estava Feliz
O quê me estranha, é que temos um Deus chamado Pai da Eternidade, Príncipe da Paz, Etc; Temos todas as razões do mundo para celebra-lo com espontaneidade, mas não fazemos porque nos encontramos em um estado de religiosidade tão grande, que nossos sentimentos em relação a esse Deus, está enrijecido por falta de uso.
Será que Deus já fez algo sobre sua vida, que mereça um berro de alegria??? (como quando o Brasil foi tetra; como é bom escrever isso… heheheh).
Bob Fitts contou uma vez este testemunho:
“Eu estava esperando chegar em mais uma igreja, levar a palavra que Deus tinha colocado em minha vida, tocar louvores a Ele e levar as pessoas a Adora-lo. Mas não sabia que quem iria aprender a maior lição da vida, seria eu.
Cheguei, preparei o violão, preparei as músicas e fui para o fundo do auditório para poder esperar o momento de começar, quando… Entrou três cabeludos, barba por fazer, calças rasgadas e mascando chiclete (isso era demais), pensei, meu Deus será que são eles que vão começar o culto???? Espero que não, mas, para minha decepção eram exatamente eles que começaram o culto.
A música estava: Alta, Desafinada e totalmente Distorcida, o baterista parecia que ia voar, de tão rápido que tocava; Então, começaram a cantar, DEUS É BOM, DEUS É FIÉL, DEUS É ETERNO, etc.
Então depois disso, comecei a orar, MEU DEUS E AGORA, VOU TOCAR DEPOIS DELES, QUE FAÇO?
Foi quando Deus falou comigo: ADORE.
Eu não queria entender, e então perguntei, Como!?
E então Deus disse:
Eu sou Bom? Eu respondi, é.
Deus disse:
Eu não sou fiel? Eu respondi, é.
Deus disse:
Eu Não sou eterno? Eu respondi, é.
Deus disse:
Então me adore.
Aprendi então naquele dia, que não importa como esteja seu redor, como esteja sua vida, Deus não se importa com isso, apenas adore.”
É justamente isso que devemos aprender, adorar a Deus não importando com qual música, canção, tempo, não importa nada, apenas temos que adora-lo.
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!”. Mat 6:22, 23
Creio não estar “forçando a barra”, com esse texto, pois aqui Deus nos ensina como devemos viver, se vamos ficar o resto do tempo de nossas vidas procurando erros, em músicas e rítimos ou, se vamos gasta-los em adoração, não importando quem esteja de nosso lado, e nem como ele costuma adora-lo. Temos que nos importar com nossa adoração. Temos que nos importar como esta nossa candeia.
Quando os ingleses estavam dominando a Índia, o interessante de se olhar é que os “cristãos ingleses” estavam praticamente extirpando o povo hindu, a ponto de Gandhi dizer:
“Eu creio no seu Cristo, mas não creio no seu cristianismo”
Não gosto de Gandhi, nem sou a favor dos hindus, mas como podemos dizer que somos cristãos e ao mesmo tempo querer matar pessoas, por que não concordam com nossas idéias; Gandhi não conseguia entender como o mesmo país que queria matar seu povo, queria converte-lo a um cristianismo, que não era vivo pela grande maioria de pessoas que tinha contato.
É exatamente isso que estamos fazendo com todos os “Roqueiros”, nós não gostamos de sua música, suas roupas, seus cabelos e do cheiro deles; Matamos tudo que eles estão acostumados a ouvir, com rótulos de satânico. E depois queremos que eles aceitem a Cristo como único e suficiente salvador de suas vidas.
Nos esquecemos com facilidade que existem vidas, exatamente, existem vidas atrás do rock e em todos os outros ritmos, que precisão ouvir o evangelho e não serem rotulados como satânicos, mas serem amados com seres-humanos.
Jesus foi chamado de amigo dos cobradores de impostos, E disse contra a religião de sua época: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas… Mateus 23:23”.
Judson Cornwall ainda diz:
“Graças a Deus que existem os jovens, os simples, os não-religiosos que, tão logo conhecem a Jesus, começam a regozijar-se em sua presença e a exaltar sua maravilhosa graça. Toda igreja precisa ter novos convertidos que venham infundir nova vida em sua religiosidade, O FATO É QUE A VERDADEIRA ADORAÇÃO NÃO É UMA MERA RECITAÇÃO DE CREDO RELIGIOSO DECORADO. É MAIS QUE ISSO. É UMA MANIFESTAÇÃO INFORMAL DO GOZO INTERIOR DECORRENTE DO RELACIONAMENTO COM JESUS CRISTO”.
Apesar dos exemplos dados em estudos científicos sobre ritmos e satanismo quero falar algo.
Estamos diante de um conceito falso criado por um sistema de marketing muito poderoso.
Steve Lawhead (responsável pelo marketing das maiores estrelas do rock) diz algo que acho muito sério: “Uma vez que um músico é manipulado pela imagem, freqüentemente o que eles dizem e fazem possui um propósito. Normalmente este propósito é simplesmente chamar a atenção. Eles precisam se destacar na multidão” Esta é a verdade de uma grande maioria (não toda), de cantores e grupos de rock.
Bob Larson (um dos maiores escritores cristãos sobre satanismo) disse algo sobre um dos grupos de rock que pesquisou: “Se os membros do grupo SLAYER venderam sua alma a satanás eles o fizeram no banco, e não numa missa negra. A bebida fermentada, proibida, que o Slayer sorveram, não é a bebida da morte lírica e do desespero. É o elixir da fama”.
Embora este grupo POSSA E DEVE SER USADO PELO DIABO (essa não é a questão), eles não são satanistas como se pensava. Mas as especulações que foram feitas sobre o grupo com o objetivo de assustar os jovens só serviram para divulga-los ainda mais entre aqueles que estavam buscando algo “fora do comum” e “novo”… (já que nossas igrejas em sua maioria se transformaram em um mausoléu de idéias, e conceitos).
Não digo que ritmos não seja propício a reações emotivas (digo totalmente o contrário), mas não posso deixar de falar que também o samba, pagode, jazz, hinário para o culto cristão, harpa cristã, e todos os ritmos estão sujeitando as pessoas às reações que lhe são induzidas… (por isso a responsabilidade de uma ministração de louvor não deve ser entregue a qualquer um).
“A maior parte das pesquisas, mostra que os efeitos terapêuticos são maiores quando a música tem algum significado para o ouvinte, ou seja, uma certa música pode provocar um conjunto de efeitos em uma pessoa com inclinações musicais e mudanças totalmente diferentes em uma outra pessoa… O efeito pode variar até de um momento para outro na mesma pessoa… Não se encontrará uma música da qual se possa garantir mudanças psicológicas idênticas no Ser Humano”.
Paul Famsworth, Professor Emérito de Psicologia na Universidade de Stanford.
Lembro de uma discussão que me envolvi há algumas semanas, o meu amigo queria me convencer que a música rock, e todos os grupos de rock eram completamente satânicos e “queimariam no inferno”.
Ele começou a me dizer sobre músicas que tinha ouvido, e traduzido. Mostrou-me mensagens nestas letras, capas de Cds, encartes e tudo que pudesse carregar.
O que me chamou mais a atenção, foi o fato dele conhecer estes grupos, ele tinha quase todos os Cds de rock (secular) que se pode comprar, mas os grupos evangélicos, ele simplesmente dizia que aquilo não era adoração, então não era digno de entrar em sua casa.
É estranho pessoas como essas, dizerem que a música rock leva seus ouvintes ao suicídio, depressão e até possessão demoníaca; Mas elas ouvem estes Cds, e ouvem muito, pois para se traduzir uma música dessas é necessário um ouvido acostumado com este estilo. E nada acontece com eles, eles não se matam, não ficam depressivos, não acontece nada com essas pessoas. Aí elas pegam todo esse material e saem fazendo “Cruzadas Moralistas” contra aquilo que consideram ABOMINAÇÃO.
“A música, não tem poder. Se fosse assim, bastaria colocarmos uma música para a doença desaparecer ou aparecer! Isto não acontece. O que acontece é que algumas músicas nos fazem sentir bem e o aspecto emocional é fator preponderante em qualquer melhora orgânica. Porém a música que me faz sentir bem não é a mesma que faz você se sentir bem…. Por isso você tem que tomar muito cuidado quando fala do poder da música. Ela realmente é poderosa. mas não são poderes mágicos como algumas pessoas dizem, e teimam em dizer. Não acredite onde há uma relação de músicas para cada sintoma orgânico!” Paula Carvalho, Musicoterapeuta
Não quero aqui defender o Rock e “detonar” o clássico, quero sim dizer que a única diferença, é na aceitação, algumas músicas são melhores aceitas que outras.
Deus certamente esta fazendo algo novo em nossa época, e a música tem sido grandemente usada neste mover divino. Milhares de jovens e adultos estão voltando-se para o evangelho em concertos de música cristã contemporânea. George Verwer, fundador da Operação Mobilização (OM), diz que onde quer que a igreja esteja crescendo, é geralmente acompanhada de música contemporânea.
Mas, o grande desafio de nosso tempo é permanecermos em uma “visão” de inteira devoção ao Deus da música e nunca a música de Deus…
O Deus que servimos é mais importante que qualquer música, é mais importante que qualquer campo harmônico, melódico e rítmico de canções que podemos compor. Ele é mais importante até que nossos “achometros” e conceitos. O que nunca poderemos fazer é segurar o mover de Deus em nosso tempo, pois a bíblia esta repleta de colocações do Novo; novo tempo, nova música, nova unção, etc…. Somente Deus é ontem, hoje e eternamente, somente a Ele foi dado este poder, não vemos em nenhum lugar nas escrituras dizendo que a música que Davi cantou e dançou, quando trouxe a arca para Jerusalém, deve ser a música tocada e cantada em nosso tempo.
“Toda nota, todo tom e toda harmonia é de origem divina e pertence a nós, tragam suas cornetas, harpas, órgãos, flautas, violinos, pianos e tambores, e qualquer outra coisa que produza melodia. Ofereça-as a Deus, e utilize-as para tornarem seus corações alegres diante do Senhor”
Willian Booth
Que possamos adorar a Deus em nossos corações.
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