O pai do conhecido literato Peter Rosegger era um homem tão severo que, freqüentemente, castigava os filhos.
Por isso eles o temiam e nem chegou a se estabelecer uma forte relação de amor entre pai e filhos.
Certo dia Peter, o caçula, praticara uma travessura em razão de que temia um sério castigo.
Temeroso com essa idéia, o pequeno procurou um esconderijo seguro para escapar à cólera do pai.
Procurou e a seu modo, analisou cada canto da casa. Finalmente, decidiu que estaria seguro se pudesse abaixar-se na espaçosa caixa do relógio de pé alto, que ficava na sala de estar.
Assim fez. De dentro da caixa ele via e ouvia tudo pelo buraco da fechadura.
Logo que o pai chegou e tomou conhecimento da arte, ficou colérico, gritanto com os filhos mais velhos para que saíssem à procura de Peter.
Todos saíram, obviamente, vasculharam tudo e voltaram sem o menino. O tempo avançava.
Teria Peter se acidentado ao fugir com medo do castigo?
Novamente saíram e tomaram outros rumos, em busca do garoto.
O pai a essa altura dos acontecimentos, encontrava-se sozinho na sala.
Estava aflito e deprimido. Mil pensamentos assaltavam a sua mente.
Do seu esconderijo, o pequeno Peter observava as reações do pai e viu esconder o rosto entre as mãos e chorar amargamente, pensando na possível desventura do seu amado Pedrinho.
Naquele momento, as lágrimas sentidas do pai não conseguiram deter, por mais tempo, no interior da caixa o pequeno Peter. Empurrando abruptamente a porta e com os olhinhos marejados de lágrimas, atirou-se nos braços do pai!
Temor e castigo se desvaneceram na ocasião, diante do tão grato saber do caçulinha: “Tenho alguém que me quer bem.”
Nunca mais o esqueceu.
Toque no Altar – “Deus do Impossível” | Letra e vídeo
Quando tudo diz que não Sua voz me encoraja a prosseguir Quando tudo diz que não Ou parece que o mar não vai se abrir