O malabarista do circo

A notícia de que o Circo iria estar alguns dias na cidade alegrou a todos.
Principalmente as crianças. Entre os adultos a conversa era por causa de um malabarista, que andava de carrinho de mão sobre um cabo de aço a 25 mts de altura.
Ninguém acreditava muito que isso fosse possível.
Mas, o dia tão esperado chegou. Era domingo à tarde. A primeira apresentação era as 3 horas, mas as 2h as arquibancadas já estavam quase lotadas.
Todos estavam ali. O dono da rádio, o prefeito, o padre e o pastor.
O pessoal do circo se entusiasmou que até começou o espetáculo antes das 3.
Primeiro começaram com a apresentação dos animais. Dois leões e 1 tigre sendo dominados por um corajoso jovem que os fazia pular de um lado ao outro, atravessando aros de fogo.
Depois, foi a vez do elefante, dos cavalinhos, dos cachorrinhos e até de uma vaca.
Cada um tinha o seu número bem preparado.
Em seguida os mágicos, depois os palhaços, até que chegou a hora tão esperada pelos adultos.
O número do malabarista.
Os tambores tronaram. O artista foi subindo as escadas do picadeiro. Assim que chegou lá em cima, concentrou-se e começou a andar no cabo de aço, sem nada nas mãos.
Depois, pegou o carrinho de mão e novamente tronaram os tambores.
Novamente concentrou-se e lá foi o artista, empurrando tranquilamente o carrinho pelo cabo de aço.
O pessoal aplaudiu e pediu bis. E o homem repetiu o número com mais segurança ainda.
O dono da rádio não se aguentou e subiu no picadeiro para entrevistar o homem ali mesmo, ao vivo.
O artista agradeceu o elogiou do dono da rádio e perguntou-lhe se de verdade acreditava que ele era tão bom.
– Mas é claro que o senhor é bom nisso, disse o dono da rádio.
– E o senhor acredita que eu posso repetir o número outra vez?, perguntou o artista.
– Mas é claro que eu acredito, disse o radialista. Eu vi com os meus próprios olhos que o senhor é bom mesmo e que pode fazer isso com a maior facilidade, sem perigo nenhum.
– Então está bem.- disse o artista. Agradeço muito sua confiança em mim. Eu vou repetir o número mais uma vez.
E o senhor vai mostrar que confia em mim, sentando no carrinho.
Aí o radialista deu uma desculpa de que esqueceu a torneira aberta em casa e foi embora.

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