Aconteceu numa das praias de Pernambuco, há muitos anos.
Eda passava as férias com os avós e em companhia de sua prima aproveitava ao máximo a temporada à beira-mar.
Certo dia, as duas corriam para chegar à praia onde iriam nadar.
Porém, mal entraram na água, avistaram um grupo de crianças na ímínêncía de serem tragadas pelas águas agítadas do mar.
– Precisamos salvar aquelas crianças – gritou Eda para suá prima.
Sem esperar resposta, atirou-se na direção do grupo e a prima acompanhou-a, retirando da água as crianças que ainda estavam próximas.
Eda, entretanto, avançava mar adentro para tentar salvar as duas que se encontravam em maior perigo.
O mar parecia desafiar a coragem da valente garota de apenas doze anos – Eda Bezerra Pinheiro.
Mas ela venceu, trazendo para a praia uma criança. Voltou em busca da outra, porém, um redemoinho arrebatou-a, levando-a no seu vórtice.
Como Eda lutou! Ela mergulhava e aparecia com a criança agarrada ao pescoço, até que um salva-vidas foi atírado.
A criança agarrou-se a ele com sofreguidão e foi puxada para a praia ainda com vida. Enquanto isso, Eda desapareceu no furioso redemoinho.
Finalmente, um moço se atirou para salvá-la e conseguiu trazê-la, quando o seu coração ainda pulsava anunciando que havia nela a vida.
– Salvem a menina! Sinto bater com força o seu coração – gritou o moço.
Dois médicos de prontidão acudiram-na, fazendo tudo para reanimá-la, mas era tarde demais!
Eda já havia trocado a sua vida pela vida de duas crianças desconhecídas; porém, considerou-as dignas da sua compaixão.
Não se sabe nada mais a respeito dos acontecimentos que se sucederam.
O mar abandonou a fúria, dando lugar a uma suave brisa que agitava as palmeiras.
E aquele recanto maravilhoso, que naquela tarde começou tão lindo, teve o mais triste de todos os ocasos.
O que se sabe é que as crianças do Brasil conheceram e admiraram essa história da vida de Eda.
Sentiram por ela um imensurável amor porque foi uma heroína, e a maior marca do seu heroísmo é a de ter amado mais a vida de alguém do que a sua própria, assim como Cristo, que a si mesmo se entregou para o resgate de “todo aquele que nele crê”.
Toque no Altar – “Deus do Impossível” | Letra e vídeo
Quando tudo diz que não Sua voz me encoraja a prosseguir Quando tudo diz que não Ou parece que o mar não vai se abrir