Uma mãe de coragem

Uma mãe de coragem
Foi-se um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi. A mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses. Não podendo, porém, escondê-lo por mais tempo, tomou para ele uma arca de juncos, e a revestiu de betume e pez; e, pondo nela o menino, colocou-a entre os juncos a margem do rio. E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe aconteceria. A filha de Faraó desceu para banhar-se no rio, e as suas criadas passeavam à beira do rio. Vendo ela a arca no meio os juncos, mandou a sua criada buscá-la.
E abrindo-a, viu a criança, e eis que o menino chorava; então ela teve compaixão dele, e disse: Este é um dos filhos dos hebreus. Então a irmã do menino perguntou à filha de Faraó: Queres que eu te vá chamar uma ama dentre as hebréias, para que crie este menino para ti? Respondeu-lhe a filha de Faraó: Vai. Foi, pois, a moça e chamou a mãe do menino. Disse-lhe a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei o teu salário. E a mulher tomou o menino e o criou. Quando, pois, o menino era já grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adoptou; e lhe chamou Moisés, dizendo: Porque das águas o tirei. (Êxodo 2.1-10)
As mães são especiais. Fazem tudo pelos filhos. Lembro que minha mãe costuma dizer o seguinte: “Quem a boca do meu filho beija, a minha adoça.” É verdade, a mães ficam radiantes quando sabem que seus filhos são bem tratados pelos outros.
Quando olhamos para o nosso texto encontramos uma mãe que está em profundo sofrimento. Havia uma lei que decretava a morte de toda criança do sexo masculino que nascesse naquela época. Será que podemos imaginar a aflição dessa mulher?
Estava ameaçada. Creio que nesse momento ela estava passando por um período de depressão. A angústia havia tomado conta do seu ser. Será que muitas vezes nós não nos encontramos na mesma situação que esta mãe? Creio que sim!
Há um facto muito interessante no texto. O marido dela parece ser alguém conformado com a situação. Ele não aparece activamente. A única coisa que é dito dele é que foi um homem que casou e se tornou pai. Não lutou pela vida do filho. Se conformou com a situação. Creio que a grande maioria de nós é como este pai, conformado e resignado. Pensamos que não podemos mudar as coisas e que já não há mais nada a fazer. Mas será que isso é verdade? Claro que não!
Vejamos o que nos ensina essa mãe:
Devemos ter coragem de subverter a crise. Não podemos nos entregar a ela sem luta. Ela não desistiu do filho. Não aceitou que ele fosse assassinado. Guardou durante três meses, escapando das buscas dos egípcios. Ela não se conformou com a situação. Nossa primeira lição então é que não podemos nos conformar com a situação que estamos vivendo.
Devemos ter coragem de ousar e usar a inteligência para mobilizar pessoas para nos ajudar. Ela fez uma arca e sabia que o menino não iria morrer. Tinha consciência que alguém iria banhar-se naquele rio e usaria de misericórdia para com ele. Sabia que a pessoa que adoptasse o menino iria necessitar de uma ama, por isso enviou sua filha para estar atenta aos movimentos no rio. A filha de faraó, teve compaixão da criança. Que ironia, a filha do algoz, vai cuidar e preservar a vida daquele pequeno menino. Nossa segunda lição é que não podemos deixar de buscar uma saída e que devemos confiar na compaixão das pessoas.
Devemos ter coragem de abrir mão do que mais amamos. É estranho. Essa mãe fez tudo para salvar a vida do filho. Educou com fortes princípios, acompanhou sua infância, mas depois vai até a filha do faraó e entrega-o como se isso não representasse nada. Será assim mesmo?
Claro que não! Ela sofreu, mas confiava na educação que havia dado ao filho. Ela sabia que os princípios que havia passado a ele iriam permanecer e mesmo na corte egípcia ela não se deixaria influenciar. Ela havia dado o seu testemunho de vida e por isso estava em paz. Não tinha medo de cortar o cordão umbilical. Nossa terceira lição é que devemos educar com a nossa vida e não ter medo de cortar o cordão umbilical para libertar as pessoas que amamos.
Sei que muitos ainda não são casados. Muitos não enfrentam problemas com filhos. Contudo, os princípios nos mostram como agir. Sendo assim, olhemos para a história dessa mãe que teve a coragem de não desistir e sigamos enfrente.
Vamos orar:
Querido Pai, estamos gratos pelos exemplos e histórias que foram preservados na tua Palavra para que possamos aprender com eles. Somos gratos por saber que as aflições que sofremos são uma constante na vida e não somente nas nossas, mas elas nos capacitam para ajudar outras na mesma situação.
Ó Senhor, dá-nos a coragem dessa mãe. Faz-nos inconformados e ajuda-nos para que possamos reflectir diante das tragédias e possamos ver o caminho que Tu estás a nos indicar.
Suplicamos-te que, nos capacite para que possamos abrir mão daquilo que amamos. Que tenhamos confiança no exemplo que passamos e fundamentalmente que possamos manter firme a nossa confiança em Ti.
Nós te rogamos isso em nome de Jesus.
Amém

Autor: Marcos Amazonas dos Santos

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